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Quando você está muito triste e desanimado e não consegue enxergar uma saída para os problemas, o que você faz? Fala com alguém ou sofre calado?
 
Falar sobre o que sentimos alivia sofrimentos e angústias. Dividir com alguém nossa vulnerabilidade traz força e ameniza dificuldades. Quando somos acolhidos, a calma substitui o medo e o amor toma o lugar da solidão.
 
Em situações muito difíceis é normal pensarmos que não damos conta sozinhos. E, realmente, não dá para sermos completamente autossuficientes. Por isso, especialistas em saúde mental afirmam que é muito importante ter apoio emocional de pessoas em quem confiamos.
 
Para a médica psiquiatra infantil do Ambulatório de Saúde Mental de Sertãozinho, Daniela Costa Lobo e Silva, uma rede de apoio traz auxílio, força e clareza para enxergarmos alternativas para nossos problemas. “O importante é a gente se munir de toda a rede de apoio que temos, seja na família, na escola, em grupos de apoio ou no serviço de saúde. Se você não tem forças para dar o primeiro passo sozinho, fale com alguém”.
 
Estudos apontam que mais de 98% das pessoas que tiram a própria vida tinham transtornos mentais não tratados corretamente ou não identificados e acompanhados. Cerca de 96,8% estão relacionados à depressão e ao transtorno bipolar. “Por isso, o acompanhamento psicológico e psiquiátrico contribui muito para a diminuição do sofrimento psíquico e aumento da qualidade de vida”, afirma Daniela.
 
A psiquiatra diz ainda que é bom ter em mente que a cura para a dor emocional é um processo. “Não existe uma fórmula mágica, uma receita, pois o sofrimento é algo particular. Cada um tem uma resposta, um tempo individual”, completa.
 
Ao perceber que você precisa de ajuda, procure a UBS mais próxima. Lá, você será acolhido e direcionado para o tratamento adequado. Em casos de emergência, procure a UPA 24 horas ou atendimento do CVV pelo telefone 188 ou chat on-line no site http://www.cvv.org.br.