Hoje (20) é comemorado o Dia Municipal e Nacional da Celíaca! O objetivo da celebração é divulgar e informar a população sobre a doença, além de chamar a atenção para o diagnóstico precoce. A celíaca afeta uma a cada 100 pessoas, atingindo cerca de 2 milhões de pessoas no Brasil.
A doença celíaca é uma doença autoimune, sistêmica, que incide sobre a população geneticamente predisposta e desencadeada pela ingestão de glúten, uma proteína que está presente nos seguintes cereais: trigo, centeio, cevada e na aveia por contato cruzado.
OS PRINCIPAIS SINTOMAS DA CELÍACA
Diarreia crônica (que dura mais do que 30 dias), prisão de ventre, anemia, falta de apetite, vômitos, emagrecimento ou obesidade, atraso no crescimento, humor alterado: irritabilidade ou desânimo, distensão abdominal (barriga inchada), dor abdominal, aftas de repetição, osteoporose/osteopenia, infertilidade, dor de cabeça, depressão, aborto de repetição.
COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO?
Os exames de sangue (sorologia) do anticorpo Anti-Transglutaminase IgA e do anticorpo antiendomísio IgA são altamente precisos e confiáveis, mas insuficientes para um diagnóstico. A doença celíaca deve ser confirmada encontrando-se certas mudanças nas vilosidades que revestem a parede do intestino delgado. Para ver essas mudanças, uma amostra de tecido do intestino delgado é colhida através de um procedimento chamado endoscopia digestiva alta com biópsia de duodeno. Que deve ser feito antes do paciente parar de comer glúten.
E O TRATAMENTO?
Atualmente, só existe um tratamento para doença celíaca, dieta totalmente isenta de glúten (parar de comer tudo que tiver glúten), com cuidado, inclusive, de contaminação cruzada. Isso quer dizer que, um celíaco não pode sair para jantar em uma casa ou estabelecimento onde há glúten, pois os utensílios já tiveram contato de alguma forma, com partículas do glúten e essa pequena quantidade é capaz de gerar inflamação e lesões no intestino do paciente celíaco.
DOENÇAS CORRELACIONADAS
Outras doenças autoimunes podem estar ligadas à doença celíaca, dentre elas: lúpus sistêmico, diabetes tipo 1 e alterações na tireoide.
PROBLEMAS NO DIAGNÓSTICO
Apesar do número de 2 milhões de celíacos, sofremos com a desinformação, inclusive da classe médica, gerando um subdiagnóstico. A maioria das pessoas portadoras da doença celíaca, não tem um diagnóstico e, na maioria das vezes, sobrecarrega o sistema de saúde por sintomas (típicos ou atípicos) e doenças ocasionadas pela doença celíaca. Quanto maior a demora no diagnóstico, maiores as consequências para o paciente, sendo a mais grave delas, o câncer no intestino.
Se você é profissional da saúde pode ficar atento para identificar os sinais e sintomas em seus pacientes e com isso, auxiliar o diagnóstico de pessoas que por anos sofrem com os efeitos nocivos dessa doença.
Fonte: Ana Claudia Alves - Fonoaudióloga e celíaca; Bárbara Fazzio - Advogada e celíaca; Dra Elizia M. Melo Baccega - Dermatologista e mãe de uma celíaca.
Texto: Christian Sedassari – Departamento de Comunicação PMS
