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JAN
03
03 JAN 2019
Janeiro é mês de conscientização sobre a hanseníase
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Ela começa silenciosa, com uma mancha inicialmente pequena. Pode ser esbranquiçada, cor-de-rosa ou marrom e, geralmente, aparece no rosto, orelhas, nariz, braços, mãos, pernas ou nos pés. “Bem no local dessa mancha, a pessoa não sente dor, frio, calor ou até mesmo o toque, ficando mais vulnerável a queimaduras e cortes nas regiões afetadas, o que pode acarretar infecções importantes”, diz a enfermeira e diretora da Divisão de Vigilância Epidemiológica de Sertãozinho, Karen da Silva Santos. Ela explica que a hanseníase pode provocar também o espessamento de nervos. “Isso ocasiona atrofias e sequelas importantes. Por isso, a pessoa diagnosticada com a doença deve seguir rigorosamente as recomendações da equipe de saúde que a acompanha”.

Segundo dados do Ministério da Saúde, a transmissão da hanseníase acontece pelas vias aéreas superiores através da fala, tosse e/ou espirro, por meio de uma pessoa doente e sem tratamento. Leva de 2 a 7 anos, em geral, para o aparecimento dos primeiros sintomas e pode causar deformidades físicas. Isso, porém, pode ser evitado com diagnóstico precoce e tratamento imediato. “Quanto antes o diagnóstico for realizado, maiores são as chances para tratamento das lesões (neurites), minimizando as chances de sequelas e acelerando a cura”, alerta Karen Santos.

A enfermeira explica, ainda, que o médico realiza o diagnóstico durante a consulta através do exame clínico, pois não há exame específico de sangue para o diagnóstico da hanseníase. “Por isso, muitas vezes, acaba demorando muito para a pessoa saber que tem a doença. Mas também é possível realizar a baciloscopia e a biópsia de tecidos da pele”, esclarece.

O tratamento é feito com um coquetel de antibióticos. É gratuito e fornecido pelo SUS. E dependendo do tipo de hanseníase, o tratamento pode durar até mais de um ano. “Em geral, as pessoas tomam comprimidos diariamente até completar o tratamento. As consultas são mensais, podendo ser até quinzenais a depender da necessidade. O paciente também passa pelo fisioterapeuta e pela assistente social do Programa de Hanseníase”, relata a enfermeira.

A hanseníase é causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen. E dependendo da quantidade de bacilos que acomete o paciente, pode ter duas classificações: paucibacilar ou multibacilar. “A hanseníase paucibacilar faz relação com a pouca quantidade de bacilos. Os acometidos com esse tipo de hanseníase não transmitem a doença. Já a hanseníase multibacilar significa que o acometido pela hanseníase tem muitos bacilos, então, transmite a doença. Entretanto, após o início do tratamento, já não transmite mais”, ensina Karen.

As pessoas em tratamento podem levar uma vida normal no trabalho, na família e na sociedade. A hanseníase não é transmitida por abraço, aperto de mão ou carinho. Em casa ou no trabalho, não é necessário separar as roupas, os pratos, os talheres e os copos. Entretanto, todas as pessoas que convivem ou conviveram com quem recebeu o diagnóstico de hanseníase devem ser examinadas nos serviços de saúde.

Durante o mês de janeiro acontece a campanha de conscientização sobre a doença, Janeiro Roxo. Nesse período, a Secretaria de Saúde de Sertãozinho realizará ações com todos os profissionais da rede municipal de saúde e nas salas de espera das Unidades Básicas, com a população.

Hanseníase ou Lepra?

Antigamente as pessoas associavam a hanseníase com a lepra, principalmente nas citações bíblicas. Hoje, sabe-se que chamavam de lepra todas as doenças de pele e que não havia uma diferenciação por falta de conhecimento científico. Dessa forma, em 29 de março de 1995, foi promulgada a Lei nº 9.010, que estabeleceu “hanseníase” como o termo correto, e não mais lepra.

Fique atento aos sinais e sintomas da doença:

• Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas, em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração de sensibilidade térmica (ao calor e ao frio), tátil (ao tato) e à dor. Essas manchas podem estar principalmente nas extremidades das mãos e dos pés, no rosto, nas orelhas, no tronco, nas nádegas e nas pernas.

• Áreas com diminuição dos pelos e do suor;

• Dor e sensação de choque, formigamento, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas;

• Inchaço de mãos e pés;

• Diminuição da sensibilidade e/ou da força muscular da face, mãos e pés, devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos;

• Úlceras de pernas e pés;

• Caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos;

• Febre, edemas e dor nas articulações;

• Entupimento, sangramento, feridas e ressecamento do nariz;

• Ressecamento nos olhos.

O Programa de Hanseníase de Sertãozinho fica no Centro de Saúde II e é referência para a região. Entretanto, as pessoas que apresentarem alguns dos sinais e/ou sintomas descritos acima devem procurar uma Unidade de Saúde mais próxima de sua residência, para que seja realizado o encaminhamento correto.



Fonte: Departamento de Comunicação PMS
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