A Prefeitura de Sertãozinho, por meio da Secretaria de Saúde, realizou hoje (07) o primeiro implante subcutâneo liberador de etonogestrel, método contraceptivo com duração média de três anos. O procedimento foi feito no Centro de Referência de Infectologia “Dr. João Batista Ortolan” e teve orientação do médico ginecologista, atendendo a lista de prioridades do município.
De acordo com a assistente social de Sertãozinho, Gisele Milani, Sertãozinho pode se tornar referência na região. “É um ganho para o SUS do município e principalmente para as mulheres que serão atendidas. O método tem custo de cerca de R$ 2 mil e várias cidades já fizeram contato para saberem como implementar”, explicou.
O QUE É?
O implante subcutâneo é inserido debaixo da pele do antebraço. Após sua aplicação, o dispositivo começa a liberar de forma contínua o hormônio contido, enviando-o para a corrente sanguínea da mulher. A função deste hormônio é bloquear as ações dos ovários, impedindo que ocorra a liberação de óvulos. Além disso, o etonogestrel aumenta a hostilidade do muco cervical, que passa a se tornar mais espesso e, consequentemente, reduz a motilidade do espermatozoide, impedindo-o de chegar até o óvulo, caso seja liberado.
COMO CONSEGUIR?
A paciente interessada deve buscar o atendimento com o ginecologista em uma das unidades básicas de saúde, onde passará por avaliação médica para a inserção do implante. A lista de espera para a implantação do método visa priorizar grupo de mulheres que vivenciam grupo de situação de vulnerabilidade social e de saúde. A paciente precisará passar também pelo atendimento com a Assistência Social da UBS de referência do bairro ou Centro de Infectologia, onde será feito o parecer social para a Secretaria Municipal de Saúde. Posteriormente, o Chefe de Seção de Serviço Social encaminha a documentação para ao Departamento de Farmácia, onde é feita a requisição do item.
PRIORIDADES
São consideradas prioridades da lista de espera para este procedimento as mulheres em idade fértil, em situação de rua, dependentes de substâncias psicoativas, vítimas de violência e em acolhimento institucional, além de mulheres com classificação 4 para todos os métodos contraceptivos reversíveis disponíveis na rede municipal de saúde, de acordo com os critérios de elegibilidade de métodos contraceptivos da OMS 2005.
Casos individuais serão analisados pelo médico ginecologista da UBS e pelo Serviço Social para verificação de elegibilidade do uso de implante.
Texto: Christian Sedassari – Departamento de Comunicação PMS