A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância Sanitária e Saúde do Trabalhador, deu mais um importante passo rumo à padronização de rotinas de atendimento, nos casos de acidentes de trabalho com exposição a material biológico. Trata-se do Protocolo de Atendimento de Acidentes Ocupacionais, apresentado recentemente, durante encontro realizado no auditório da Santa Casa de Sertãozinho, que contou com a participação de representantes de serviços públicos e privados de saúde. A ação contou com o apoio do Núcleo de Educação Permanente e Humanização.
Na ocasião, cerca de 70 pessoas acompanharam as explanações da secretária municipal de Saúde, Rita Rosana Montenegro; da enfermeira da Vigilância Sanitária e Saúde do Trabalhador, Maria Regina Abrão de Toledo; e da coordenadora do Programa IST/AIDS e Hepatites Virais, Drª Renata Abduch.
O Protocolo de Atendimento de Acidentes Ocupacionais é um documento elaborado pela Vigilância Sanitária e Saúde do Trabalhador, que padroniza os procedimentos de acolhimento e o atendimento em situações de acidente de trabalho com perfurocortantes e exposição a material biológico. A iniciativa é inédita, e representa uma importante conquista para a área da saúde e de segurança do trabalho no município. “Esse é um momento muito importante para os serviços de saúde, enquanto empregadores, e também, para os trabalhadores da área. Há cinco anos, a nossa Vigilância Sanitária vinha trabalhando na formalização de um fluxo de atendimento a esse tipo de acidente dentro do município que, agora, tornou-se real, tendo o Programa IST/AIDS e Hepatites Virais como referência de atendimento e aconselhamento”, comentou a secretária de saúde, Rita Rosana Montenegro.
A enfermeira da Vigilância Sanitária e Saúde do Trabalhador, Maria Regina Abrão de Toleto, reforçou a importância da unificação dos atendimentos a acidentes com perfurocortantes ou de exposição de riscos biológicos. “Essa padronização passa a nortear todos os serviços de saúde, sobre como proceder nesses casos, já que, quanto mais cedo o profissional acidentado receber atendimento, mais adequado torna-se o tratamento e o acompanhamento. O protocolo prevê que o profissional exposto seja acolhido e tratado no momento certo”, explicou.
A médica coordenadora do Programa IST/ADS e Hepatites Virais, Renata Abduch, considerou a formalização do protocolo como um grande avanço. “A padronização facilita o tratamento e o acompanhamento dos profissionais expostos, representando um ganho importante no tempo de ação. É importante que os serviços de saúde acolham de forma adequada seus profissionais acidentados, alertando-os de que uma exposição a material biológico nunca é simples, pois não existe apenas o risco de infecção pelo vírus HIV, mas também, por outras doenças, como a Hepatite C. É preciso reforçar que acidentes desse tipo precisam ser investigados e acompanhados”, observou.
Quem participou do encontro, elogiou a iniciativa. “O tema foi muito bem apresentado. A instituição desse protocolo, formalizando Sertãozinho como referência de atendimento e aconselhamento, facilita o acolhimento aos profissionais expostos, principalmente durante a semana, que é quando ocorre o maior número de acidentes desse tipo. Com os atendimentos acontecendo na cidade, eliminam-se as dificuldades de mobilidade, há redução de custos e a humanização em todo esse processo é favorecida”, avaliou o técnico de Segurança do Trabalho da Santa Casa, Ginaldo Pinto Pereira.
A diretora do Banco de Sangue de Sertãozinho, Drª Rita de Cássia Lopes Pacca, também aprovou a padronização apresentada. “Não podíamos continuar dependendo de outra cidade para atendimento a esses acidentes, principalmente, em função do prazo de ação. Em casos de exposições a materiais biológicos, o acolhimento deve ser imediato e bem feito. Encontros como esse, que fomentam a educação continuada dos profissionais, são muito produtivos e importantes, e a iniciativa foi ótima”, opinou.
Vale lembrar que, o Protocolo de Atendimento de Acidentes Ocupacionais é válido para todo serviço de saúde, em que haja risco de acidentes com perfurocortantes e/ou exposição a material biológico.
Mais informações podem ser obtidas junto à Vigilância Sanitária e Saúde do Trabalhador, através do telefone 3947-8124.
Fonte: Assessoria de Comunicação PMS
