Na semana passada, você pôde acompanhar a participação de uma comitiva de Sertãozinho, liderada pelo prefeito Zezinho Gimenez, na Câmara dos Deputados em Brasília, cujo objetivo foi apresentar a situação econômica que a cidade vem passando, bem como defender as propostas do “Movimento Pela Retomada do Setor Sucronergético”.
Aproveitando essa viagem, o secretário de Indústria e Comércio, Carlos Roberto Liboni, que integrava o grupo, esteve no gabinete do Senador Álvaro Dias, onde foi levar as questões do setor sucroalcooleiro para uma avaliação política, sob o ponto de vista do Senado.
“Colocamos que a retomada do setor é indispensável para a estabilidade de muitos municípios que estão na dependência direta e exclusiva da economia da cana. E, por esta razão, muitos têm sido os momentos em que o setor se une em torno das suas necessidades. De maneira organizada, isto se tornou um movimento pela retomada com grandes repercussões políticas e econômicas na sociedade”, contextualizou Liboni ao senador.
“O assunto despertou o interesse do senador, que exerce seu mandato pelo estado do Paraná e, portanto, interessado direto no setor, por concentrar um grande número de usinas no ‘norte pioneiro’ do estado. A partir do momento em que os requisitos de um projeto concreto possam ser definidos, o senador Álvaro Dias garantiu seu apoio e reiterou ‘empunhar a bandeira do setor’, na defesa dos interesses legítimos que devem nortear o movimento”, afirmou Liboni, que completou: “nos próximos dias deverão ser encaminhados ao senador o material informativo necessário e suficiente, para que possa iniciar um processo de defesa da retomada, na continuidade do processo iniciado nesta visita”.
Para lembrar
No último dia 10, na Câmara dos Deputados em Brasília, o prefeito Zezinho Gimenez discursou e apresentou a situação econômica que Sertãozinho vem passando, e defendeu algumas propostas do “Movimento Pela Retomada do Setor Sucronergético”.
Gimenez pontuou os números que o setor vem enfrentando, sobretudo, nos aspectos negativos: demissões de trabalhadores, fechamentos de usinas e da falta de investimentos do Governo Federal.
Acompanhado por cerca de 150 pessoas - que foram em quatro ônibus -, dentre elas, lideranças políticas do município e da região, produtores de cana, industriais, membros de associações e sindicatos, além de outros apoiadores da mobilização, Gimenez deixou bem claro o momento que a cidade enfrenta. “Nosso município registrou, nos últimos tempos, a demissão de 4 mil trabalhadores, e não podemos ficar parados. Nossa cobrança é que seja criada uma política pública clara, para esse setor tão importante para o país”, comentou Gimenez, que acrescentou: “temos algumas propostas para isso, dentre elas, o Retrofit – um programa de modernização de equipamentos e instalações. Nós precisamos recuperar a economia, os empregos e a renda deste setor que, hoje, envolve mais de 2,5 milhões de trabalhadores, 400 usinas e 4000 indústrias na cadeia produtiva”.
Uma das reivindicações apresentadas é que o Governo Federal financie, com recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), um Programa de Retrofit que, de forma resumida, é a modernização de equipamentos e instalações, para impulsionar a eficiência na cogeração de energia elétrica pelas usinas, bem como investir na infraestrutura das redes de distribuição para facilitar o acesso da nossa energia na matriz brasileira. “Esse processo permitiria movimentar a curto prazo a indústria de base, gerando novas contratações de mão de obra e mais movimento no comércio. Essa modernização é conhecida como Retrofit”, explicou o prefeito.
O Movimento pela Retomada do Setor Sucroenergético é uma parceria entre Prefeitura e Câmara de Sertãozinho, CEISE Br, Sindicatos dos Metalúrgicos, do Comércio (Sincomércio) e dos Comerciários (Sincomerciários) de Sertãozinho, Força Sindical, Copercana e Canaoeste, ACIS (Associação Comercial e Industrial de Sertãozinho), Sindinap (Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas), OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e Amasert (Amigos Associados de Sertãozinho), e conta com o apoio da Unica (União da Indústria Canavieira), da Governança Corporativa da Cadeia Produtiva Sucroenergética, Coplacana (Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo), Coopercitrus (Cooperativa de Produtores Rurais) e Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Alimentos.