Secretaria de Planejamento apresenta o Plano Local de Habitação. O levantamento vai nortear os programas e investimentos nesta área do município.
Luiz Henrique Porto
O histórico dos investimentos no setor, a oferta e a demanda de moradias em Sertãozinho foram divulgados na última quinta feira, dia 16, em audiência pública realizada na Câmara Municipal. Foi a apresentação de um diagnóstico da verdadeira situação habitacional do município e a segunda vez que a Prefeitura torna público os resultados de tão importante levantamento.
A divulgação do Plano Local de Habitação de Interesse Social é uma das exigências a serem cumpridas para que o município tenha acesso a financiamentos e verbas do Governo Federal.
O levantamento apresentado trouxe um histórico dos programas habitacionais, com um comparativo entre os investimentos do setor público e da iniciativa privada nos últimos 34 anos. Neste período foi verificado um aumento de imóveis ofertados por construtoras, a maior parte lotes e não casas. Já entre os anos 2008 e 2010, que correspondem a administração Nério Costa os recursos municipais investidos no setor superam todos os outros aplicados pelos governos anteriores, apesar de ainda existirem ofertas vindas da iniciativa privada. Antes do atual Prefeito foram construídas em Sertãozinho 641 casas com recursos públicos. Nesta gestão, estão em andamento as construções de 1463 unidades habitacionais e outras 1314 devem ter as obras iniciadas em breve.
Sobre a oferta e demanda de moradias, o PLHIS apontou que a cidade tem um déficit habitacional de 1.700 moradias, segundo dados da Fundação João Pinheiro. O maior problema detectado diz respeito a “coabitação familiar urbana”, denominação definida por pessoas ligadas por laços de perentesco que vivem num mesmo domicílio.
Outra informação apresentrada foi o perfil dos inscritos no cadastro municipal de habitação, que hoje somam cerca de 14.500 pessoas, o que representa 13% da população da cidade. Deste universo, 81% têm renda familiar de até três salários mínimos, 70% empregados com trabalho formal, 45% não possuem dependentes e 28% com menos de 26 anos de idade.
Diante dos dados computados, a conclusão do levantamento é que em Sertãozinho existe uma expressiva quantidade de jovens sem opção clara para aquisição da casa própria, sendo ainda este o público alvo a ser contemplado com projetos do município. De acordo com a diretora do Departamento de Planejamento e Habitação, as informações contidas no PLHIS serão utilizadas na elaboração de programas habitacionais. “Com estes dados vamos definir metas e direcionar melhor a aplicação de recursos públicos. No final do próximo mês (janeiro), apresentaremos as ações, propostas e projetos para construção de moradias na cidade”, enfatizou Michelle Leal Lopes Fabris.