O valor negociado no exterior é 65 por cento maior do que em 2009.
Luiz Henrique Porto
As empresas do município do interior de São Paulo recuperaram terreno no mercado internacional fechando o primeiro semestre de 2010 com um volume de negócios na ordem de U$ 195,15 milhões, cerca de 65 por cento maior do que o valor registrado no mesmo período do ano passado que foi de U$ 118,56 milhões. O saldo da balança comercial de Sertãozinho também aumentou. Ainda segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, a diferença entre as exportações e importações teve um crescimento de 71 por cento, foram US$ 185,05 milhões contra US$ 108,2 milhões em 2009.
De acordo com o Secretário Municipal da Indústria e Comércio, a crise na economia mundial não afetou Sertãozinho de imediato. “O impacto só foi sentido no segundo semestre de 2009. Nos primeiros meses do ano passado, as empresas ainda entregavam pedidos, sendo ainda um período muito favorável economicamente”, declara.
Para Marcelo Pelegrini, o crescimento nas exportações é um fato que merece ser analisado como muito mais significativo do que parece. “A base de comparação é muito forte e consistente por conta da boa carteira de vendas concretizadas antes da crise.”
O parque industrial sertanezino exporta equipamentos metalmecânicos de base. São produtos, peças e serviços voltados para o setor Sucroenergético. “Aqui vendemos usinas inteiras com ‘chave na mão’. O município é uma grande fábrica que fabrica indústrias de açucar, álcool e energia elétrica “, afirma o Secretário.
Sertãozinho é a única cidade do mundo onde é possível encontrar e comprar, num mesmo lugar, tecnologia para elaborar projetos, executar toda parte civil e instalar uma planta industrial completa, o que inclui orientações sobre plantio, transporte, armazenamento, moagem e extração do produto final, até a montagem de processos de co-geração de energia. Atualmente, 550 empresas estão instaladas nos cinco Distritos Industriais do município.