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Uma pessoa atenta contra a própria vida a cada três segundos no mundo. Cerca de 30 pessoas morrem por suicídio a cada dia no Brasil. E 17% dos brasileiros já pensaram alguma vez em tirar a própria vida.
 
Estudos apontam que cada caso de suicídio, consumado ou não, impacta seriamente e de forma direta a vida de pelo menos outras seis pessoas. Além disso, a tentativa não consumada pode deixar danos físicos e mentais permanentes.
 
Esses dados evidenciam que o suicídio é um problema de saúde pública no Brasil e no mundo que acontece em indivíduos de qualquer idade e classe social. Estima-se que a incidência de casos seja muito maior, pois muitas certidões de óbito omitem a informação, contribuindo para a subnotificação.
 
A médica Daniela Costa Lobo e Silva, psiquiatra infantil do Ambulatório de Saúde Mental de Sertãozinho (ASM), afirma que as causas que levam alguém a querer desistir da vida são múltiplas e muitas vezes se entrelaçam. Por isso não podem ser resumidas a um único fator ou a um acontecimento recente.
 
Segundo Daniela, as duas principais causas são tentativa prévia e a presença de alguma doença mental muitas vezes não tratada, como depressão e transtorno bipolar. “É importante frisar que isso não quer dizer que toda pessoa que tenha uma doença psíquica vá atentar contra a própria vida”, destaca a médica.
 
Outros fatores de risco são: acesso a meios letais; uso de álcool e outras drogas; impulsividade; questões existenciais; desesperança e desespero diante de adversidades como problemas financeiros, perda de emprego ou de alguma pessoa querida; ausência de amigos íntimos; isolamento social.
 
POR ISSO É MUITO IMPORTANTE PREVENIR!
A assistência prestada a pessoas que tentaram o suicídio é uma estratégia fundamental na prevenção, assim como dar suporte aos familiares.