A Hanseníase é uma doença infecciosa, transmissível - quando não tratada -, de caráter crônico, que tem a capacidade de infectar um grande número de indivíduos e atinge principalmente a pele e os nervos periféricos com potencial de causar lesões neurais incapacitantes.
Graças aos avanços da ciência e das múltiplas categorias profissionais envolvidas no diagnóstico, tratamento e reabilitação, a Hanseníase tem cura, porém o diagnóstico precoce, assim como o início do tratamento o mais breve possível, são essenciais para a cura e a prevenção de possíveis sequelas.
Assim que iniciado o tratamento, o paciente deixa de transmitir a doença, podendo conviver normalmente com a coletividade, sem a necessidade de isolamento e discriminação.
PRINCIPAIS SINTOMAS
- Manchas brancas ou avermelhadas em qualquer área do corpo;
- Alteração da sensibilidade ao calor, frio e dor, principalmente;
- Diminuição da sensibilidade;
- Dormência que não melhora com a mudança de postura.
A transmissão ocorre quando uma pessoa com Hanseníase, que não faz o tratamento, elimina no ar, por meio da fala, tosse, espirro, o microrganismo, infectando outras pessoas que estejam suscetíveis. O contágio se dá através de contato íntimo e prolongado. A doença pode acometer pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade.
TRATAMENTO DA DOENÇA
O diagnóstico e o tratamento da Hanseníase ocorrem nas Unidades de Saúde da Atenção Primária e em alguns casos há o encaminhamento para um serviço de referência, totalmente gratuito, disponibilizado pelo SUS.
Em Sertãozinho o diagnóstico inicial pode ser realizado pelo médico em uma Unidade Básica de Saúde que encaminhará o paciente para confirmação diagnóstica e tratamento com a equipe especializada no Centro de Referência de Infectologia “ Dr. João Batista Ortolan”, localizado à Avenida Hideo Takada, ao lado da UBS da Cohab 3, de segunda à sexta, das 7h às 15 h.
HISTÓRIA DA DOENÇA
Identificado no século 19 pelo médico norueguês Gerhard Hansen, o Mycobacterium Leprae, ou bacilo de Hansen, causador da Hanseníase, há 150 anos mobiliza profissionais de saúde do mundo todo, os quais promovem campanhas de prevenção e tratamento dessa doença que ainda é cercada por mitos e falta de conhecimento.
No passado, foi grande responsável por estigmas e discriminação social aos acometidos, causando danos sociais e psicológicos irreparáveis.
Atualmente, o Brasil ainda ocupa a 2ª posição no ranking mundial em número de casos notificados da doença, perdendo apenas para a Indonésia (OMS, 2023).
Ana Carolina Milani
Departamento de Comunicação PMS