Unidades de saúde buscam o diagnóstico precoce para evitar sequelas da fase aguda da doença, que tem cura e tratamento gratuito
A prefeitura de Sertãozinho inicia a gestão Dr. Wilsinho e Ricardo Almussa com a campanha Janeiro Roxo, mês de conscientização sobre a hanseníase. Por conta da pandemia da COVID-19, as ações este ano ficarão voltadas apenas para orientações sobre a importância do diagnóstico precoce.
A Hanseníase é uma doença infecciosa e a transmissão se dá por uma convivência próxima e prolongada, como pessoas da mesma família ou até mesmo de trabalho. Os principais sintomas são manchas brancas, avermelhadas ou escuras, alteração na sensibilidade com calor e frio, falta de transpiração e dormência.
A doença tem cura e o tratamento rápido pode reduzir o risco de sequelas provocadas na fase aguda, como atrofia de membros superiores e inferiores, nódulos e inchaços em extremidades.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, o Brasil ocupa a segunda posição no ranking mundial em casos notificados, ficando atrás apenas da Índia. No entanto, os municípios ainda sofrem com a subnotificação da doença por falta de informação. “A Hanseníase ainda é pouco falada por um aspecto cultural e isso pode ter relação com o passado. Antigamente toda doença que tivesse como característica alguma ferida que não se curasse, era conhecida como "lepra" e infelizmente, por desconhecimento, a Hanseníase passou a ser inserida nesse contexto erroneamente”, comenta a coordenadora do Centro de Referência de Infectologia, Fábia Junqueira de Tolvo.
A orientação é procurar a UBS mais próxima diante de qualquer suspeita da doença. O paciente diagnosticado inicia o acompanhamento e indivíduos próximos a ele passam a ser monitorados por uma equipe multidisciplinar. O tratamento é gratuito e exclusivo através do SUS.