No Brasil, as crianças e adolescentes representam a parcela mais exposta às violações de direitos, contrariando a Constituição Federal e suas leis complementares, como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
A violência sexual contra o segmento infantojuvenil e a violência num todo, é atualmente reconhecida como uma violação dos direitos fundamentais e dos direitos sexuais. Nas últimas décadas, observa-se uma discussão ampliada em torno do tema, acompanhada da censura em face ao silêncio diante das situações identificadas, o que é então, entendido como omissão e conivência. Desse modo, o assunto passa a ser debatido publicamente, concebido como um problema a ser enfrentado coletivamente.
Aqui em Sertãozinho, o tema sempre foi tratado com muita preocupação e prioridade pelas Secretarias de Assistência Social e Cidadania e de Saúde. Prova disso foi o evento realizado hoje, dia 18: a Capacitação da Rede de Atendimento às Vítimas de Violência Sexual - ação que conseguiu unir setores da Educação, Saúde, Assistência Social e Cidadania, Segurança Pública e Trânsito, Cultura e Turismo, dentre outros, que possuem agências legitimadas socialmente e instituídas para o enfrentamento das violências sexuais.
De acordo com a diretora do CREAS (Centro de Referência Especializado em Assistência Social), Daniela Damas, essas demandas eclodem na rede pública, e compete aos profissionais cumprir normativas e efetivar os dispositivos de proteção a esse grupo. “É por isso que todos esses profissionais precisam estar cada vez mais capacitados, para poder ajudar esse grupo e até mesmo combater esses tipos de violência”, informou.
O evento aconteceu no Centro de Artes e Esportes Unificados “Eurides Ferraz Teixeira” (CEU das Artes), e contou com a presença do vice-prefeito, Nilton César Teixeira, que destacou a importância de unir forças públicas. “É importante debater o assunto e fazer com que chegue até as famílias que sofrem esse tipo de violação, pois as informações e as ações com certeza servirão de alguma forma para combater essas violências”, destacou.
A capacitação foi conduzida pela equipe do SEAVIDAS, do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto