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JUL
18
18 JUL 2019
Representando Sertãozinho, Miss Brasil Gay 2019 conta sua trajetória até conquistar o título
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Motivação, superação, garra e força de vontade. Essas são algumas das características de Jurandir Barbosa da Silva Junior que dá vida a Lorelai Mullers, a Miss Brasil Gay 2019.

Jurandir reside em Sertãozinho e começou com suas transformações há pouco mais de três anos, e, aos poucos, foi conquistando seu espaço como Lorelai Mullers, através de sua beleza, carisma e simpatia. Possui sete faixas no total: Miss Gay Pontal, Barrinha, Batatais, Monte Alto, Ribeirão Preto, Sertãozinho, São Paulo e, agora, o Miss Brasil Gay.

Apesar do mundo preconceituoso, a Miss seguiu com determinação atrás dos seus sonhos e, hoje, busca levar força para todos que passam por essas situações, e até para aqueles que precisam vencer seus desafios.

Para falar mais sobre esse assunto, o Departamento de Comunicação da Prefeitura convidou a Miss Brasil Gay, Lorelai Mullers, para um bate-papo:

Você é transformista?

Sim, sou transformista. Transformista é aquela pessoa que em determinados momentos utiliza roupas que são caracterizadas como do gênero oposto.

Como surgiu a vontade de ser Miss?

Acho que foi a partir da arte que comecei a fazer de transformismo, em shows, casa noturna, paradas e eventos. A partir disso, veio o conhecimento pelo transformismo, e então surgiu esse sonho de ser Miss. Participei de cinco cidades aqui da região, só que meu horizonte não era tão grande de ir para o Miss São Paulo e Miss Brasil. Conforme fui participando dos concursos da região, essa vontade foi crescendo.

Antes de você começar a se vestir como mulher, como era sua visão com a sociedade?

Bom, eu costumo dizer que o preconceito existe por falta de conhecimento, e eu mesma não tinha esse conhecimento; tanto que eu dizia para todo mundo que eu jamais iria me montar como uma mulher. Mas, através da ONG Primavera, em que tive meus primeiros contatos com o pessoal de lá, isso fez com que eu mudasse completamente o meu conceito sobre o assunto.

Como você percebeu a sua homossexualidade? Como foi a reação da sua família?

Isso foi desde criança. É claro que meus pais já viam uma certa feminilidade em mim, tanto que eu nem precisei me assumir. Surgiram boatos e minha mãe perguntou se era realmente isso que estavam comentando. Meus irmãos me deram muito apoio; eles diziam que quando eu fosse contar para nossos pais que teria toda a ajuda deles, mas acabou que nem precisei contar, as coisas deram certo por si só. (risos)

Eles aceitaram o transformismo?

Na verdade, o primeiro Miss que eu participei foi escondido dos meus pais, minhas duas irmãs que me acobertaram; mas, um tempo depois, meu pai descobriu e eu fiquei com muito medo da minha mãe descobrir. Foi a partir disso que resolvi explicar para eles que isso era apenas uma arte, que nem sempre eu iria me vestir daquele jeito, e eles aceitaram numa boa. Agora, eles me acompanham em toda a minha vida artística, procuram sempre estar presentes para me apoiar.

Você se vê melhor como um homem ou como uma mulher?

Isso é bem relativo, tem dias e dias. Às vezes eu gosto de estar como Jurandir, e às vezes gosto de ser a Lorelai, para poder passar todo o meu conhecimento sobre a arte e sobre as minhas experiências.

Quando você descobriu lá no palco que era a nova Miss Brasil Gay, como foi a sua sensação?

Bom, a primeira coisa que me veio na cabeça foi responsabilidade, porque carregar esse título é um sinal de muito respeito e representatividade, não só para mim, mas também para todas as pessoas que estão ao meu redor. Na hora que eu fui anunciada pensei “e agora? ” (risos), porque eu nunca esperava um dia chegar lá. E hoje, o concurso, ele é muito além de uma beleza, eles procuram alguém que tenha uma representatividade e postura.

Como será agora, com o título do Miss Brasil Gay?

Agora vêm os trabalhos. A gente trabalha com ONGs, com a sociedade e com projetos. Há alguns anos atrás, chegar no Miss Brasil era o topo, mas o concurso que participei envia a vencedora para Colômbia, para concorrer ao Miss Universo, mas ainda está em discussão. Quem sabe não vou para Colômbia representar o Brasil? (risos)

Sobre toda a sua trajetória, o que você tem a dizer para as pessoas como motivação?

Foi muito inesperado para mim tantas mensagens que eu recebi de apoio, de pessoas que se espelhavam em mim e que eu era referência agora.

Eu acredito que o meu papel hoje é estar incentivando novas meninas transformistas, não só elas, mas as pessoas como em um todo, para que elas possam ir atrás dos seus sonhos, pois o que eu vivi foi uma experiência única na minha vida.



Fonte: Departamento de Comunicação PMS
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