*Por Karen da Silva Santos
Em 24 de março comemora-se o Dia Mundial de Combate à Tuberculose. Essa data foi lançada em 1982, pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela União Internacional Contra Tuberculose e Doenças Pulmonares, em homenagem aos 100 anos do anúncio do descobrimento do bacilo causador da doença, ocorrida em 24 de março de 1882. Assim, a partir de então o mês de março é destinado às ações de sensibilização em relação à Tuberculose em todo o mundo.
A Tuberculose (TB) é uma doença infecciosa causada por um micróbio chamado "bacilo de Koch". É uma doença contagiosa; isto é, que passa de uma pessoa para outra. É uma doença que atinge principalmente os pulmões, mas pode ocorrer em outras partes do nosso corpo, como nos gânglios, rins, ossos, intestinos e meninges.
Quando a doente tosse, fala ou espirra ele espalha no ar gotas pequenas, mas muito pequenas, com o micróbio da TB. Aí, uma pessoa com boa saúde, que respire esse ar, pode levar este micróbio para o seu pulmão. É assim que acontece o contágio: o micróbio da TB (bacilo de Koch) penetra no organismo das pessoas pela respiração. Portanto, a Tuberculose não se transmite pelo sexo, pelo sangue contaminado, pelo beijo, pelo copo, pelos talheres, pela roupa, pelo colchão... A doença só é transmitida pelo ar.
Os sinais e sintomas evoluem lentamente, manifestando-se por: febre baixa (normalmente no final da tarde), suor noturno, falta de apetite e emagrecimento. O sintoma mais característico ainda é a tosse por mais de três semanas, normalmente com presença de escarro. Qualquer pessoa que apresente esses sintomas deve procurar a Unidade de Saúde mais próxima de sua residência. O médico providenciará um raio-x e a coleta do escarro para confirmação diagnóstica. Após diagnosticado, o paciente inicia o tratamento, que possui duração de, no mínimo 06 meses, ofertado pelo Sistema Único de Saúde. Após o início do tratamento, em aproximadamente 15 dias, a pessoa com tuberculose não transmite mais o bacilo. Dessa forma, o diagnóstico precoce e a avaliação dos comunicantes (pessoas próximas ao paciente) são extremamente importantes para a quebra da cadeia de transmissão e erradicação da doença.
Para prevenção, recomenda-se permanecer em ambientes bem ventilados, onde haja incidência de sol, reduzindo o risco de contágio. É comum o tratamento para pessoas que apresentem a Tuberculose latente, ou seja, que possuem o bacilo “dormente” no organismo, e que ainda não desenvolveram a doença. Nesses casos, é indicado o tratamento preventivo, que deve ser realizado de forma correta e completa, conforme orientação médica.
A TB tem cura, desde que seja realizado o tratamento de forma correta! Para as pessoas que abandonam o tratamento, a doença fica cada vez mais difícil de ser tratada e curada, pois a bactéria fica resistente.
Durante todo o mês de março, o Serviço de Vigilância Epidemiológica do Município tem ido até os serviços públicos e privados de saúde, para falar sobre o fluxo de atendimento ao paciente de Tuberculose, capacitando os profissionais in loco, para diagnóstico e tratamento correto.
Neste sábado, dia 24, em comemoração ao dia “D” de combate à Tuberculose, a Secretaria Municipal de Saúde realizará uma atividade de busca ativa junto aos moradores do assentamento denominado “Granja”, fazendo panfletagem, identificando os sintomáticos respiratórios e realizando a coleta de escarro no próprio local.
Vale destacar que, na última terça-feira, dia 20, durante o Fórum de Tuberculose realizado no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo, o município de Sertãozinho foi contemplado com o diploma de mérito em relação às atividades desenvolvidas pelo Programa de Tuberculose. Esse mérito deve-se aos indicadores epidemiológicos e operacionais que melhoraram em relação aos outros anos - o que não significa que a TB foi eliminada do município; pelo contrário: significa que estamos detectando mais casos de forma precoce, evitando, assim, que mais pessoas adoeçam e venham a óbito. Nesse processo, inúmeros são os desafios, pois a TB possui um cunho social muito forte e lidar com as pessoas em situação de vulnerabilidade requer muito empenho e dedicação.
Toda equipe da Vigilância Epidemiológica é responsável por este mérito, destacando, em especial, a atuação da técnica de enfermagem Camila Lanes e os médicos Dr. José Carlos Simões Filho e Dr. Edmundo C. Cortez de Oliveira, que são os elementos principais do Programa Municipal de Tuberculose.