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NOV
06
06 NOV 2015
Uma reflexão para nossas indústrias
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Carlos Liboni

Secretário de Indústria e Comércio

Ainda, em maio de 2013, no Dia do Trabalho, Sertãozinho prenunciava tempos difíceis para as Indústrias do Setor de Açúcar e Álcool. O binômio de preços congelados e o consumo baixo dos produtos eram um roteiro para o desemprego. Infelizmente, não foi um engano; a “Carta de Sertãozinho” estava certa.

A tendência de queda dos negócios, iniciada em 2011, se manteve e nos gerou esta situação que vivemos hoje, com números alarmantes em nossa economia local, e que se alastra por todos os setores industriais, transformando a economia nacional numa nau sem rumo.

Entretanto, na poda surgem os brotos. E, da mesma forma que sofremos esta crise antes dos outros setores, também podemos estar iniciando um ciclo de regeneração do nosso setor, antes mesmo da economia nacional encontrar seu caminho.

O etanol recupera competitividade e ganha preferência nas bombas, aumentando seu consumo em mais de 40% neste ano, já turbinado pelo aumento da mistura no anidro. Assim como o álcool, o açúcar recupera preços no mercado, buscando um patamar mais justo para as Usinas, e os canaviais já se recuperam da seca das últimas safras.

Uma conjuntura que, lentamente, se modifica e promete boas safras à frente. Certamente, este novo panorama que vai se consolidando não trará resultados tão imediatos quanto gostaríamos, para as indústrias de base, mas já começa a modificar o nível de confiança dos empresários e investidores.

Isto significa, provavelmente, que se apresenta um novo ciclo de investimentos que, a despeito do contexto nacional desalinhado, iniciará, lentamente, a irrigação das indústrias de equipamentos e bens de capital da cadeia produtiva, invertendo a tendência acentuada de deterioração dos últimos anos.

Temos que ser otimistas e acreditar que estamos iniciando nossa recuperação. É importante que se exercite a paciência um pouco mais e que as relações, especialmente entre capital e trabalhadores, se mantenham saudáveis. É fundamental que os conflitos, desarmonia e até mesmo o ódio que se instalou no Brasil desde a década de 80, sejam definitivamente sepultados.

Talvez esta crise tenha sido um remédio necessário para a correção de rumos. A partir desta inflexão, é importante que tenhamos consciência de agir para modificarmos hábitos e paradigmas, que nos serviram até ontem, mas que, certamente, não se aplicariam mais ao nosso futuro, caso queiramos evitar novas crises como esta.

Para Sertãozinho especificamente, algumas lições são fundamentais, especialmente para as indústrias. Começando pela obsessiva busca de novos mercados, evitando colocar “todos os ovos numa só cesta”. Isto não se faz quando a empresa respira por aparelhos, mas começa quando se vislumbra a recuperação da vitalidade para investir.

Acreditar na inovação de produtos e processos, e investir em talentos são boas apostas. Mas, sem esperar o protecionismo do Estado, sempre muito sedutor que, ao invés de amparar, nos ilude.

Fazer mais com menos, buscar competitividade nos detalhes, treinar e oferecer transparência aos colaboradores nos projetos de longo prazo e, sobretudo, fora dos muros da empresa, lutar por políticas públicas justas e claras para nossas indústrias e para o setor.

Ousar nesta direção de maneira organizada, fortalecendo as entidades e colocando-as para trabalhar juntas, associadas com poder público, de maneira não apenas harmônica, mas paradigmática, com unicidade de programas e projetos, numa cumplicidade criativa, acima dos interesses corporativos que, embora legítimos, desfocam o desenvolvimento geral.

Trata-se de um momento importante para reflexões e, sobretudo, para ações que recuperem o entusiasmo dos nossos empreendedores e suas máquinas.

Vamos em frente. Temos muito trabalho a fazer.



Fonte: Assessoria de Comunicação PMS
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