Os brasileiros passaram a ter um terceiro motivo a mais para prevenirem a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, com a confirmação recente, no país, da circulação do vírus Zika (ZIKV), que causa febre baixa, coceira e comichão na pele, além de manchas avermelhadas no corpo.
O vírus, que é transmitido para os seres humanos pelo mesmo mosquito causador da dengue e da febre chikungunya, demora no geral de 3 a 12 dias para se manifestar, podendo provocar, ainda, dor nas articulações e de cabeça. Porém, em casos mais raros, podem ocorrer dores abdominais, diarreia e até conjuntivite. “O tratamento para o vírus Zika é sintomático. Isso quer dizer que, não há tratamento específico para a doença, só para o alívio dos sintomas”, explica a coordenadora do Núcleo de Controle de Vetores, Milena Balthazar de Souza Ribeiro, que acrescenta: “para limitar a transmissão do vírus, o paciente deve ser mantido sob mosquiteiro durante o estado febril, para evitar que outro Aedes aegypti não contaminado o pique, e também contraia a doença”.
Repouso e ingestão de grandes quantidades de líquidos são algumas das recomendações, para quem for diagnosticado com o vírus. Vale lembrar que, em casos de suspeita de Zika, o cidadão deve comparecer imediatamente ao setor de Vigilância Epidemiológica do município, localizado à rua Pedro Bighetti, 910, no Jardim Recreio, para notificação do caso. Não se recomenda a automedicação.
Prevenção
O vírus Zika é transmitido para os seres humanos, através da picada do mosquito contaminado com a doença. Como o mosquito da dengue é o transmissor da condição, existem vários meios de evitar a sua proliferação, com novos casos da doença. “Essa prevenção pode ser feita evitando deixar água parada em locais que possam ser propícios para a multiplicação dos mosquitos, como latas, copos plásticos, pneus, vasos de plantas, garrafas ou caixas d’água, por exemplo. A orientação básica é aquela que reforçamos com a população sempre: vistorie seu imóvel ou terreno com frequência, e não deixe, de forma alguma, a água da chuva se acumular”, alerta a coordenadora do Núcleo de Controle de Vetores.
Histórico da doença
O vírus Zika foi registrado pela primeira vez em 1947, quando foi encontrado em macacos da Floresta Zika, em Uganda. Porém, em 1954, os primeiros seres humanos contaminados foram registrados na Nigéria. Mais tarde, em 2007, chegou a vez da Oceania e, logo depois, em 2013, da França registrarem a doença.
No Brasil, a doença foi notificada pela primeira vez este ano, no Rio Grande do Norte e na Bahia. Estima-se que o vírus Zika tenha chegado ao Brasil através de turistas que acompanharam a Copa do Mundo no país, no ano passado.