A prevenção à dengue requer a combinação de vários fatores: compromisso com a higiene de quintais e terrenos, consciência cidadã, educação, entre outros. E quando se fala em atitude, consciência e cidadania, infelizmente, não é possível garantir que todas as pessoas terão a mesma conduta, por isso, os trabalhos das equipes de Controle de Vetores têm se tornado cada vez mais importantes e necessários, como as ações de bloqueio de controle de criadouros e nebulização.
Falando em nebulização, essa ação representa uma etapa importante no combate à doença, e muitos moradores por medo ou desconhecimento, não permitem que essa medida profilática seja realizada em suas residências. Quem explica a importância da nebulização é a enfermeira coordenadora do Núcleo de Controle de Vetores de Sertãozinho, Milena Balthazar de Souza Ribeiro: “trata-se da borrifação do veneno, que combate o Aedes Aegypti adulto e contaminado com o vírus da dengue, eliminando assim, a possibilidade de que o mosquito pique uma pessoa infectada em outras localidades e transmita a doença para outra saudável no município, evitando o contágio e uma possível epidemia. Para que a ação seja eficaz, é necessário que a população colabore, permitindo a entrada dos agentes”.
A nebulização será feita no meu imóvel. O que devo fazer?
A orientação é que os munícipes retirem-se dos imóveis, deixando-os totalmente abertos (portas e janelas), para a penetração do inseticida. As roupas e tecidos expostos devem ser retirados apenas no momento da aplicação. Os alimentos precisam ser cobertos e os animais protegidos. O fogão deve ser desligado, pois o inseticida é inflamável. O veneno fica no ar por 20 a 30 minutos e, após esse período, os moradores podem retornar e realizar normalmente suas atividades.
Mitos sobre a nebulização
- Pessoas alérgicas, que sofrem de asma ou bronquite - Definir junto ao médico o tipo e o grau da alergia, verificando a relação “custo x benefício” quanto a uma possível contaminação por dengue;
- Animais domésticos – No caso das gaiolas, basta colocá-las em local fechado ou removê-las do imóvel no momento da aplicação. O mesmo vale para cães e gatos. Os alimentos e a água devem ser devidamente cobertos ou removidos;
- Crianças, gestantes, idosos e recém-nascidos – Observando atentamente as orientações gerais já descritas, não há risco de intoxicação;
- Acamados – É preciso fechar bem o cômodo onde a pessoa se encontra durante a aplicação, e aguardar um período entre 20 a 30 minutos após a mesma, para abri-lo;
- O inseticida é estritamente para a eliminação de insetos - Com a observação e o cumprimento adequado das orientações da equipe, não há riscos de intoxicação. Com a mudança de inseticida preconizado pelo Ministério da Saúde, agora o produto é à base de água, com odor mais ameno, sem efeito residual e menor chance de ocasionar manchas no ambiente.
A coordenadora do Núcleo de Controle de Vetores destaca que, a recusa da nebulização é uma das principais razões para a persistência da cadeia de transmissão nos bairros, e contaminação de mais pessoas. “A nebulização é o único meio de eliminar os mosquitos contaminados. Quanto mais imóveis são nebulizados, maior é o êxito em conter a transmissão. Por isso, pedimos aos munícipes responsáveis por imóveis fechados e terrenos, que recebam os agentes”, pontua Milena, que completa com um dado que impressiona: “a nebulização elimina apenas os mosquitos adultos, lembrando que, cada fêmea adulta do mosquito pode depositar até 300 larvas no meio aquático. Por isso, é fundamental a ação conjunta: nebulização e eliminação das larvas e criadouros”.
Como posso ajudar a combater a dengue?
As medidas de prevenção à doença são simples, a maioria das pessoas já conhece, mas nunca é demais lembrar: mantenha recipientes, como caixas d’água, barris, tambores, tanques e cisternas, devidamente fechados; e não deixe água parada em vidros, potes, pratos, vasos de plantas, garrafas, latas, pneus, panelas, calhas de telhados, bandejas, bacias, drenos de escoamento, canaletas, blocos de cimento, urnas de cemitério, folhas de plantas, tocos, bambus e buracos de árvores.
Para mais orientações, peça o apoio do Núcleo de Controle de Vetores: 3945-5369.
Fonte: Assessoria de Comunicação PMS
