Acervo do Centro de Memória pode ganhar certificação da UNESCO
O Centro Municipal de Memória de Sertãozinho inscreveu, no último dia 01, o acervo José Antônio Rossin para concorrer à nominação no Registro Memória do Mundo do Brasil de 2010, um programa da UNESCO e Ministério da Cultura que visa detectar coleções de relevância para a memória coletiva da sociedade brasileira e promover sua proteção e acesso. O resultado da seleção será divulgado no dia 21 de agosto.
Essa é a segunda vez que o CEMM inscreve o acervo Rossin em editais de incentivo à cultura. Em agosto de 2009, o acervo concorreu ao edital nº. 13 do Programa de Ação Cultural (PROAC) que buscou apoiar projetos de difusão da leitura no Estado de São Paulo.
O Registro
Um comitê de especialistas do Arquivo Nacional (RJ) vai avaliar a importância das candidaturas. Sendo selecionado, o conjunto documental recebe um certificado expedido pela UNESCO que além de identificar ainda facilita a preservação e o acesso.
Desde a sua instalação em 2007, o Comitê brasileiro de avaliação lançou três editais de nominação ao Registro Memória do Mundo do Brasil e os escolhidos foram os acervos Arquivo Guimarães Rosa, Arquivo Oscar Niemeyer e os manuscritos musicais de Carlos Gomes, entre outros . As instituições que mantem os acervos nominados assumem o compromisso de, anualmente, enviar ao Comitê Brasileiro informações atualizadas sobre a conservação, o tratamento técnico e a difusão do documento.
José Antonio Rossin (1934-1956)
O sertanezino ilustrou, na década de 1950, romances de José de Alencar para as histórias em quadrinhos. Os trabalhos foram publicados pela editora Brasil América. Na época, o setor de produção de quadrinhos sofria forte influência norte-americana.
Para Leandro Aprile, documentalista do CEMM, José Antônio Rossin deve ser considerado um dos precursores e defensores das histórias em quadrinhos no Brasil. “Sertãozinho possui em seu acervo um importante capítulo da história da arte nacional. Convém destacar a contribuição do artista sertanezino à história das HQ’s no Brasil, ainda muito pouca conhecida”.