Com o objetivo de melhorar o atendimento a seus pacientes e oferecer uma assistência cada vez mais humanizada, na última quarta-feira, 17, a Santa Casa de Sertãozinho colocou em prática novas técnicas para a recepção de pacientes em sua Unidade de Emergência: o Programa de Acolhimento; que tratará cada paciente de uma maneira mais individual e mais específica.
De acordo com a enfermeira Sílvia Pasin, supervisora da Unidade de Emergência (UE) da Santa Casa, o Programa de Acolhimento, que funciona de segunda-feira a sábado, das 12h às 24h, consiste na aplicação de um conjunto de técnicas que apontam a classificação de risco da doença que está sendo apresentada pelo paciente, antes que o mesmo passe pelo médico. “Quando o paciente chega na Santa Casa, portando o encaminhamento da Unidade Básica de Saúde, a recepcionista preenche uma ficha e o paciente é encaminhado para uma pré-consulta, na qual uma técnica de enfermagem confere todos os seus sinais vitais, classificando assim, a gravidade da doença e a prioridade do atendimento”, explicou Sílvia Pasin.
Classificação de risco
Depois que a profissional de enfermagem realiza a pré-consulta com o paciente, na qual foram aferidas a pressão arterial e a temperatura corporal, além da capacidade respiratória; um relatório de pré-atendimento é anexado ao prontuário da pessoa, indicando a real urgência do caso, da seguinte forma:
- A ficha de pré-consulta destacada com um círculo vermelho indica emergência, ou seja, o paciente corre risco iminente de morte.
- A ficha de pré-consulta destacada com um círculo amarelo indica urgência, ou seja, o paciente não corre risco iminente de morte, mas necessita de um atendimento mais ágil.
- A ficha de pré-consulta destacada com um círculo verde indica que não há urgência, ou seja, o paciente está fora de risco e pode aguardar pelo atendimento.
- A ficha de pré-consulta destacada com um círculo azul indica que o paciente pode aguardar pelo atendimento sem risco algum.
O novo procedimento mudou a antiga rotina de atendimento por ordem de chegada, já que com a classificação as pessoas são atendidas por ordem de urgência. De acordo com a coordenadora de Enfermagem, Liliane Passarelli, após a implantação do Programa de Acolhimento, os pacientes têm aguardado pelo atendimento médico bem mais tranquilos. “Com esse método temos conseguido tranquilizar tanto os pacientes, quanto seus familiares, pois sabendo que seu caso não é emergencial e que está fora de perigo, as pessoas aguardam sua vez com menos ansiedade”, afirmou.
Vítima de um trauma no joelho, o soldador Fernando Henrique das Neves, 22 anos, gostou da maneira como foi atendido. “Eu achei muita boa essa nova forma de atendimento. A enfermeira viu na pré-consulta que não corro risco, mas ela já mediu minha pressão, que está boa. Fui bem atendido e agora espero para passar com o médico”, declarou.
É válido destacar que o novo método implantado pela Santa Casa não muda a rotina anterior, sobre os atendimentos corriqueiros, que realmente devem ser feitos nas Unidades Básicas de Saúde. “Estamos tentando melhorar cada vez mais nosso atendimento, mas é importante lembrar aos cidadãos que a Unidade de Emergência da Santa Casa continua priorizando os atendimentos de alta complexidade, como traumas e acidentes, nos quais as pessoas corram risco de perder a vida”, salientou o provedor Rodovaldo Passariol. “O atendimento na Santa Casa, de pacientes que não tiveram seus problemas sanados na Unidade Básica de Saúde, só continua sendo feito mediante encaminhamento médico”, completou.
