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MAR
05
05 MAR 2010
Indústria paulista terá crescimento de dois dígitos em 2010
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Após fechar o último ano com queda de 8,6% em relação a 2008, como efeito da crise que se abateu sobre a economia brasileira, a atividade industrial em São Paulo mostrou em janeiro que deverá prosseguir em sua trajetória de recuperação.

Sem ajuste, houve queda de 4,5% em relação a dezembro, normal para o período. Assim, o dado dessazonalizado aponta aumento de 0,4% no Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria paulista, divulgado na semana passada pelo Ciesp e a Fiesp.

“É um resultado que não traz surpresa à trajetória que estávamos percorrendo, de recuperação”, resumiu Paulo Francini, diretor-titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) das entidades.

Crescimento de dois dígitos

A atividade industrial percorreu uma reta acentuada de crescimento a partir do segundo trimestre de 2009, mas a arrancada não foi suficiente para conter o saldo negativo no fechamento do ano, cujo desempenho ainda ficou abaixo do nível pré-crise em 6%.

“Certamente teremos um crescimento de dois dígitos neste ano, mas é preciso lembrar que parte desse efeito se deve à grande perda ocorrida no final de 2008. Ainda temos um ‘colchão’ a recuperar”, ponderou Francini, que aposta em uma alta de 13% a 14% para o INA em 2010.

A alta de 18% obtida na comparação com janeiro de 2009 é expressiva, mas não surpreende, se considerado o fraco desempenho do período passado, diante da crise financeira. Mas Francini garante que há elementos suficientes para sustentar o forte crescimento esperado para a indústria em 2010.

“As bases da demanda estão firmes, com o aumento contínuo da renda, apoiado na alta do emprego e na expansão do crédito. A demanda forte, por sua vez, carrega o emprego, que é um dos pilares do crescimento. É um ciclo virtuoso”, argumentou o diretor de economia do Ciesp/Fiesp.

Às compras

O bom cenário que se projeta para a indústria, segundo Francini, já é a própria garantia de que o setor se prepara para acompanhar o PIB de 6% aguardado para este ano, sem que haja pressão inflacionária.

Um número importante comprova essa capacidade: o desembolso do BNDES Finame, carteira para financiamento de máquinas e equipamentos, atingiu R$ 7,1 bilhões nos últimos três meses de 2009, superior à média de 2008 (período pré-crise) em 28,2%.

A moçada foi às compras. A indústria está enxergando o crescimento à frente e corre para se reequipar, aumentar e modernizar o processo produtivo, e isso é sadio”, analisou Paulo Francini. “Há condições satisfatórias de atender à demanda futura sem criar pressões inflacionárias, e por isso somos frontalmente contrários ao aumento dos juros neste momento”, defendeu o diretor, referindo-se à taxa Selic.

Compulsórios

Na avaliação de Francini, a decisão anunciada ontem pelo Banco Central, de restabelecer os depósitos compulsórios - recolhidos obrigatoriamente pelos bancos - tem a intenção de amortecer o ritmo de crescimento, e acarretará em aumento do custo do crédito para os consumidores.

A liberação dos recursos para reforçar a liquidez foi uma das principais medidas adotadas pelo governo para combater a crise, no final de 2008. Foram desbloqueados R$ 99,8 bilhões na economia, dos quais R$ 71 bilhões deverão voltar aos cofres do BC até abril.

“Essa questão toca num ponto sensível, que sempre fomos críticos: o custo do crédito. Ficamos nos perguntando até quando será necessário manter essas medidas, mas é uma decisão de cada país”, afirmou Francini. “Espero que o restabelecimento dos compulsórios elimine a alternativa de elevação da Selic. Se já éramos contra, agora somos duplamente contra o seu aumento”, emendou o diretor do Ciesp/Fiesp.

Indústria em números

O levantamento de conjuntura também revelou um comportamento negativo em todas as suas variáveis no mês de janeiro, normal para o mês. O pior índice foi o total de vendas reais, com queda de 21,2% em relação a dezembro do ano passado.

O nível de utilização da capacidade instalada (Nuci) continua com boa folga em todos os segmentos, segundo Francini, com média de 79,6% no agregado - acima, porém, do registrado em janeiro de 2009 (76,7%), fundo do poço da crise na indústria.

Entre os três setores destacados, Alimentos e Bebidas teve a maior queda nas vendas reais (20,1%) em janeiro, início da entressafra da produção de cana. As chuvas que caracterizam o período paralisaram o corte e o transporte do insumo para as usinas, estancando a produção de açúcar e reduzindo o faturamento.

O açúcar, portanto, puxou a queda de 0,4%, com ajuste sazonal, mas o desempenho do setor alimentício se mantém acima do total da indústria.

O segmento de metalurgia básica confirmou em janeiro o seu bom desempenho pós-crise, com alta de 2,2% com ajuste. O setor chegou a atingir seus níveis mais baixos de atividade em abril de 2009, mas desde então percorre uma trajetória consistente de recuperação. O resultado ficou 11,3% acima do registrado em janeiro do ano passado.

O setor de máquinas e equipamentos sentiu os efeitos da crise por mais tempo, por estar diretamente ligado aos investimentos, mas já revelou desempenho superior ao total da indústria em janeiro (2%, com ajuste), e cresceu 28,1% em relação ao mesmo mês de 2009.

Sensor

O indicador antecedente da Fiesp confirma o faro dos empresários para a boa fase que se anuncia. O Sensor geral segue com uma boa marca, 55 pontos, com destaque para mercado (59,9) e investimento (55,2), ambos em alta. Vendas (53,1), estoque (50,3) e emprego (56,3) ficaram estáveis em relação à medição anterior.



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