Decisão foi anunciada na Live da Educação desta quarta-feira (8)
As escolas municipais de Sertãozinho não retomarão, por enquanto, as atividades presenciais. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (8) na Live da Educação transmitida pelo Facebook da Prefeitura de Sertãozinho. Na ocasião, a secretária de Educação, Luciana Ambrosio, explicou que a decisão preza pela saúde das crianças e dos professores, o que foi amparado pelo Ministério Público, Ordem dos Advigados do Brasil e autoridades de Saúde.
“Vamos estar sempre atentos à situação sanitária no município. Neste momento não retornaremos, pelo menos enquanto os profissionais de educação não tiverem tomado a segunda dose da vacina”, esclareceu.
A live contou com explanações de três especialistas de forma remota. O primeiro a dar sua contribuição foi o professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-Usp), Dr. Domingos Alves. “A OMS preconiza que, para haver segurança no retorno às aulas, o número de casos semanais na comunidade deve estar abaixo de 10. Nenhum município no estado de São Paulo alcançou esse e outros fatores preconizados ainda”, reiterou e completou: “além disso, já está comprovado que as crianças podem ter carga viral tão alta quanto os adultos e também transmitem o vírus, além de também estarem passíveis de desenvolverem casos mais graves, especialmente por causa das variantes”.
O promotor do Grupo de Atuação Especial de Educação (GEDUC), Naul Luiz Felca, também participou da live. Ele argumentou sobre os riscos de tomar a atitude da volta presencial em um momento em que as incertezas sobre a pandemia ainda persistem. “Nós já temos algumas respostas, mas elas podem ser superadas rapidamente pela dinâmica dos fatos. Está aí a dificuldade em adotar essa posição. Entre todos os direitos dos cidadão, optamos pela vida e pela saúde. Este é o posicionamento do GEDUC”, dialogou.
Já o presidente da OAB de Sertãozinho, Ivan Bueno, relatou que é necessário ter cautela. “Temos que pensar no retorno com responsabilidade e saúde. Temos que ver as peculiaridades locais”, complementou.
Além da secretária de Educação e dos especialistas que contribuíram para a explanação da decisão do município, também participaram da mesa de debate o prefeito Dr. Wilsinho, o vice-prefeito Ricardo Almussa, o secretário da Casa Civil, João Gabriel Bighetti Facioli, a secretária de Saúde, Soraia Stella, a procuradora geral do município, Gislaine Mazzer, além da representante do Conselho Municipal de Educação, Adriana Aparecida da Silva Gimenes.