Caravanas de todo o país desembarcaram em Brasília para participar de mobilização pela aprovação do novo Código Florestal, em discussão no Congresso Nacional no último dia 5. Este evento foi promovido pela Frente Parlamentar da Agropecuária e pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil. O movimento teve como principal finalidade pressionar os parlamentares à aprovação do novo Código Florestal, de autoria do deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB/SP).
No dia 11 de junho de 2011 termina o prazo estabelecido para que os proprietários rurais averbem suas reservas legais. Em novo relatório, Rebelo sugeriu Áreas de Preservação Permanentes (APPs) de 15 metros para rios de 5 metros de largura, mas agora cogita reduzir para apenas 7,5 metros de área de proteção. “Esse é um pedido da agricultura familiar. Concordo e acho que pode ser estendido para outros produtores também. Mas o Ministério do Meio Ambiente não concorda, é um dos pontos que ainda estamos discutindo”, revelou o deputado.
Em torno de 20 mil produtores rurais participaram de uma grande mobilização na última terça-feira, 5, em Brasília, na esplanada dos Ministérios. Representando o setor sucroalcooleiro, o presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan, destacou a importância da aprovação das mudanças no Código Florestal. “Seria um prejuízo muito grande para o município, para o estado e para a produção agrícola nacional se cada um dos produtores tiver que reflorestar 20% das suas propriedades”, explicou Ortolan. Os números podem ainda sugerir, segundo o presidente da Canaoeste, uma queda de 20% na produção agrícola da nação.
O prefeito Nério Costa foi recebido pelo ministro da Agricultura e Abastecimento, Wagner Rossi. Nério pediu apoio ao ministro para que o projeto possa ser aprovado no Congresso Nacional de acordo com as necessidades dos produtores rurais. “Nós somos uma região produtora de grãos, açúcar e álcool, e teríamos uma redução muito grande em nossa arrecadação se houvesse a quebra de 20% da produção no setor”, aponta o prefeito de Sertãozinho. “O trabalho do governo é criar um consenso geral para a aprovação do novo Código”, finaliza.
O diretor da Usina São Francisco, de Sertãozinho, Fernando Leontino Balbo, defende uma produção sustentável no setor rural. “A Usina São Francisco já faz uma produção com sustentabilidade. As reservas da São Francisco são destacadas por meio de pesquisas como as principais do Estado de São Paulo em biodiversidade”, aponta.
(Fonte: Jornal Agora Sertãozinho)